No mundo actual, há tecnologia, comodidade, segurança e um padrão de prosperidade, mas onde está a beleza?
Durante séculos, relacionou-se o belo com o sagrado e identificou-se a arte com o anseio por Deus. Agora, em vez da beleza como valor, são importantes a conveniência e o pragmatismo. A igreja não tem ficado imune a essa tendência, ao ponto de a própria salvação, em muitos lugares, não ser mais do que um plano, um sistema, uma fórmula.
Nesta obra, Brian Zahnd sustenta que a perda da beleza, como valor intrínseco do evangelho, tem sido desastrosa para a cultura ocidental, em particular para a Igreja. O que sobressai é vontade de ser prático, alcançar objetivos materiais e impor uma certa cosmovisão à revelia do ensino e exemplo de Jesus.
O autor, exemplificando a beleza do evangelho assente na cruz de Cristo, defende que descubramos, à luz das Beatitudes, o reino de Deus de forma mais plena, rica e bela.
COMENTÁRIOS
O novo livro de Brian Zahnd é perigoso. Quem o ler arrisca-se a ser completamente desalinhado, mudado, desformatado e refeito dentro de um padrão totalmente novo. O facto de se dirigir a uma igreja e cultura norte- -americanas dá-nos uma falsa sensação de segurança. De repente, percebemos que os mesmos erros e problemas se repetem no Cristianismo global. A nossa leitura, perceção e interpretação da encarnação, da redenção, da comunhão e por fim da glorificação são redefinidas, os paradigmas são alterados e sucumbimos ao apelo do especto estético sobre o sentido pragmático e utilitário do Evangelho. Por fim, concluímos nós próprios: «Como poderia ser de outra maneira? Claro que só a beleza pode salvar o mundo.»
— Dinis Rodrigues
Pastor, Assembleia de Deus de Lisboa
«Nada me propus fazer saber entre vós a não ser a Cristo e este crucificado» é a declaração paulina que melhor sintetiza a obra de Brian Zahnd que, com grande mestria, relembra que a beleza do Cristianismo está na Cruz e só por ela o homem e o mundo podem ser salvos. A Cruz, que para uns é loucura e para outros é desprezível, é o meio de Deus revelar o seu poder e a sua bondade. Num tempo em que o cristianismo ocidental se tem voltado para outros caminhos, esta obra leva-nos de volta ao centro do Evangelho: a Cruz de Cristo.
— Samuel Alexandre Martins
Pastor, Assembleia de Deus Luso Francesa de Paris
Num mundo que desumaniza as relações e sacraliza o poder como objeto de adoração, há uma beleza que pode salvar a minha vida e a sua vida, a «escandalosa» beleza da Cruz de Cristo. Uma inspiradora e emocionante reflexão de Brian Zahnd.
— Luís de Matos
Pastor, Igreja Evangélica Lisbonense (Presbiteriana)
A leitura deste livro não deixará ninguém indiferente e, após o seu lançamento, notar-se-á, certamente, a sua influência na atitude de muitos dos que professam a fé em Jesus Cristo e são o rosto da igreja cristã no nosso País. Até pode parecer exagero, mas o modo como olham para quem procura um caminho belo e nobre — a sociedade em geral — sobretudo o empenho em apresentar Jesus, será diferente, dando mais relevância à condição de herdeiros em vez de conquistadores, à de santos em vez de heróis, à de servos em vez de pessoas relevantes. Jesus revelou Deus de forma única, ímpar e transformadora da sociedade, pela beleza que só Ele, o Crucificado, consegue demostrar, na qual está expresso o amor eterno do Pai que atrai de modo irresistível. Estou, por isso, grato a Deus pela forma clara e bela como Brian Zahnd nos ajuda a fazer este caminho de regresso ao Jardim, apreciando os detalhes e encanto de que a nossa salvação é pródiga.
— João Pedro Robalo
Pastor, Centro Cristão Vida Abundante